Mário Coelho
O ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa deve depor nesta terça-feira (30) aos deputados membros da CPI da Corrupção da Câmara Legislativa. Protegido por um habeas corpus, que dará a conveniência de não responder as perguntas que lhe incriminem ou atrapalhem as investigações feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), Durval deve confirmar ao colegiado as denúncias que revelaram o mensalão do ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido).
O Congresso em Foco fará a cobertura pelo site e também pelo twitter. No microblog, você poderá acompanhar todos os detalhes da sessão da CPI. Ela está prevista para acontecer às 10h no auditório do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
Até ontem (29), parlamentares tinham o receio que a oitiva não acontecesse. Apesar de não haver nenhum comunicado oficial de Durval ou de seus advogados para adiar o depoimento, distritais acreditavam que ele não fosse aparecer na CPI. Havia a preocupação na Câmara de que ele pudesse fazer novas revelações. Além disso, ele não quer expor dados sigilosos da investigação, já que está protegido pela delação premiada.
Em setembro do ano passado, Durval Barbosa prestou depoimento a dois promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF (MPDF). Como o caso atingia o governador, o teor das revelações, junto com gravações de áudio e vídeos feitas por ele mesmo, foram enviadas ao Ministério Público Federal (MPF), que deu continuidade às investigações junto com a PF. Em troca das denúncias, Durval recebeu o benefício da delação premiada no processo, já que atuava como um dos operadores do mensalão do Arruda, esquema de propina envolvendo membros do Executivo e do Legislativo local.
A CPI da Corrupção foi instalada em 11 de janeiro. O requerimento convocando Durval Barbosa foi o primeiro a ser aprovado pelos integrantes da comissão. Uma data chegou a ser marcada – 26 de janeiro – mas o ex-secretário acabaou desistindo de comparecer ao depoimento. Há 15 dias, os deputados aprovaram um plano de trabalho e decidiram convocar novamente Durval. A oitiva desta terça-feira será a primeira sessão de trabalho efetivo da CPI, que já mudou de composição e quase foi extinta pelo ex-presidente Alírio Neto (PPS).
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