Grupo de oito ex-parlamentares da cúpula da Câmara mantém 30 afilhados, que custam R$ 1 milhão por ano aos cofres públicos, conforme revela reportagem de hoje do Correio Braziliense. O campeão de indicações é o ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), com 12 apadrinhados em cargos de natureza especial, os chamados CNEs.
No total, 22 ex-deputados mantêm 48 afilhados na Casa. No chamado baixo clero, um grupo de 14 ex-parlamentares foi responsável pela contratação de 18 afilhados na Casa, lotados em lideranças partidárias, na presidência, em cargos técnicos ou em gabinetes de colegas de bancada. O custo dessa força de trabalho é de R$ 55 mil mensais.
Só os apadrinhados de Severino Cavalcanti são responsáveis por uma folha de pagamento de R$ 32,7 mil. O deputado pernambucano renunciou ao mandato após ser acusado de receber propina do dono de um dos restaurantes da Câmara, mas nem mesmo sua saída prejudicou os indicados pelo deputado.
Entre os ex-deputados que mantêm cargos estão Roberto Jefferson (PTB-RJ), Pedro Corrêa (PP-PE), Valdemar Costa Neto (PL-SP), José Borba (PMDB-PR) e Paulo Rocha (PT-PA), acusados de envolvimento no mensalão.
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Até um senador, João Ribeiro (PL-TO), mantém uma afilhada no gabinete da presidência da Câmara. Segundo afirmou a assessoria do senador ao jornal "não foi uma indicação direta". Essa assessora estaria no cargo há mais de cinco anos.
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