O número de mulheres que chefiam as famílias brasileiras cresceu 79% entre 1996 e 2006, passando de 10,3 milhões para 18,5 milhões. O maior percentual delas (26,7%) tem entre 25 e 36 anos ou mais de 60 anos de idade. Nas famílias chefiadas por mulheres, o índice de ocupação dos filhos é maior do que nas comandadas por homens – 44,1% e 40,3%, respectivamente.
Esses são alguns dos dados da Síntese de Indicadores Sociais 2007, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em média, as mulheres estudam um pouco mais do que os homens. Nas áreas urbanas, a média é de 7,2 anos para os homens e 7,4 anos para as mulheres. No meio rural, é de 4 anos e 4,5 anos, respectivamente.
A mesma tendência é verificada quando se observa apenas a escolaridade daquelas pessoas que têm alguma ocupação. Na população urbana, as mulheres que estão no mercado de trabalho têm, em média, 8,9 anos de escolaridade, enquanto os homens, 8 anos.
Desigualdade regional
A escolaridade média das mulheres ocupadas é mais elevada no Distrito Federal: 10,4 anos. A menor média foi detectada nas áreas rurais do Piauí e de Alagoas (3,2 anos). Nessas áreas, diz o IBGE, as mulheres que estão ocupadas podem ser consideradas analfabetas funcionais e inseridas em trabalhos precários.
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A pesquisa também mostra que as mulheres continuam tendo cada vez menos filhos. “Em 2006, das 32,7 milhões de mulheres com filhos, 30,9% tinham um filho; 33,3%, dois filhos; e 35,8%, três filhos ou mais. Em 1996, no entanto, esses percentuais eram de 25,0%, 30,1% e 44,9%, respectivamente”, diz o documento. O número médio de filhos que uma mulher tem ao final do seu período fértil passou de 2,7, em 1996, para 2,0 filhos por mulher em 2006.
PublicidadeA síntese reúne informações sobre aspectos demográficos, educação, domicílios, famílias, casamentos, separações e divórcios, cor e raça, mulheres, idosos, crianças, adolescentes e jovens. A maior parte dos dados reunidos faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Veja a íntegra do documento do IBGE. (Edson Sardinha)
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