O Ministério Público de São Paulo abriu no início da tarde desta sexta-feira (20) inquérito civil para investigar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato tucano à Presidência da República, por suspeita de ter praticado improbidade administrativa ao receber R$ 10, milhões via caixa dois. Por ter se desincompatibilizado do governo para disputar as eleições de outubro, Alckmin está desde o última dia 7 sem a proteção do foro privilegiado, e por isso o MP-SP pôde dar início à investigação sem as amarras da lei. Como este site mostrou em 11 de abril, ele escapou da Operação Lava Jato depois de perder o foro no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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A investigação vai se debruçar sobre a denúncia de pagamento por vantagem indevida a Alckmin, por parte do grupo Odebrecht, com participação de terceiros e em diferentes momentos. Os investigadores querem saber qual o propósito dos pagamentos, que irrigaram duas campanhas eleitorais do tucano, e por que os valores não foram formalmente registrados.
Segundo apurações preliminares, dinheiro foi pago por meio de caixa dois, ou seja, sem a devida declaração à Justiça Eleitoral. Ainda de acordo com o MP-SP, foram repassados irregularmente os já mencionados R$ 2 milhões para a campanha de 2010 e R$ 8,3 milhões para a campanha de 2014, como a Lava Jato já havia sinalizado.
Alckmin é um dos 12 gestores estaduais investigados na Operação Lava Jato, em uma relação de quase cem nomes listados pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Ex-diretor da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior era quem comandava o chamado “departamento da propina” da empreiteira e, em seu depoimento à Justiça (vídeo abaixo), afirma ter repassado via caixa dois, nas eleições majoritárias de 2010 e 2014, mais de R$ 10 milhões ao então candidato ao governo paulista. Além de Benedicto, outros dois relatos feitos em delação premiada fazem menção aos valores criminosamente repassados ao tucano – um dos principais nomes do PSDB em nível nacional, Alckmin e outras lideranças políticas de diversos partidos tinham o perfil preferido da empreiteira em negociatas, segundo os próprios delatores.
Veja a delação de Benedicto:
A portaria do inquérito foi assinada pelos promotores do MP-SP Marcelo Milani, Nelson Luis Sampaio de Andrade e Otávio Ferreira Garcia.
Por meio de notas (íntegras abaixo), tanto o grupo empresarial quanto o tucano já se defenderam das acusações. A assessoria do ex-governador diz que ele recebe “a investigação de natureza civil com tranquilidade” e se coloca “à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos”, pois declara ter “total consciência da correção de seus atos”. Já a Odebrecht lembra que já colabora com a Justiça brasileira “e nos países em que atua”, de maneira que “já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas”.
Leia a nota de Alckmin:
O ex-governador vê a investigação de natureza civil com tranquilidade e está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos. Não apenas por ter total consciência da correção de seus atos, como também por ter se posicionado publicamente contra o foro privilegiado. Registre-se que os fatos relatados já estão sendo tratados pela Justiça Eleitoral, conforme determinou o Superior Tribunal de Justiça.
Leia a nota do grupo Norberto Odebrecht:
A Odebrecht está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua. Já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um Acordo de Leniência com as autoridades do Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas.
<< Delator diz em vídeo que Alckmin recebeu mais de R$ 10 milhões da Odebrecht via caixa dois
A máfia do PSDB segue impune, com prescrição de crimes, CPIs arquivadas, manobras, ajudas de juízes.Desfalcando o Estado ha 28 anos. Voto útil contra esses bandidos.
Se a promotoria querer é só pedir a lista da PGFN, lá consta senadores e deputados federais que em conluio com empresas devem 97 bilhões à União. Só a Braskem do setor petroquímico pegou mais de 2 bilhões para distribuir aos políticos de todas as cores. Aquela história que as empresas bancam os políticos é tudo falácia, o dinheiro sempre sai do imposto do povo. Em outubro voto 00.
Esses tucanos são terríveis. Depois de tirarem o Santo/Belem da lava jato, estão agora remetendo o processo para a procuradoria de São Paulo. Está tudo dominado. Me engana que eu gosto.
Porque demorou tanto pra abrir esse inquérito?
Se comportou como um ladrão do PSDB um partido cheio de corruptos desde a década dos 90 e e o terceiro partido com mais corrupção no Brasil atras do DEM e o MDB, nada de novo!
Ele se comportou como um TUCANO que sempre roubam e ficam impunes pq fazem parte dos ELITES! Igualzinho o Aecio Neves, a fruta não cai longe do pê não!
Pilantra, vagabundo, enjaula esse FDP e joga a chave fora.
A lógica é simples: Alckmin se comportou como um petralha? Se a resposta for positiva, então merece estar enjaulado.
Não defendendo um ou outro, mas a meu ver seria mais apropriado dizer que os petistas que agiram “como um PSDBralha”… Lembre-se que essa corja já tá governando o estado mais rico do país há uns 30 anos, com obras sem finalizar há praticamente o mesmo período! O metrô mesmo é uma vergonha, 20 anos prometido o VLT Campinas/Santos e até agora nem um único dormente além dos que já estavam instalados antes da privatização das ferrovias…
Foda é essa mania de eleger político de estimação. Seja de estimação pra defender, seja de estimação pra atacar! Por isso que entra um sai outro continuam todos roubando!
O povo quer saber onde estão os R$110 MILHÕES de reais que o J. Batista subornou o AÉCIO e o PSDB em 2014? ONDE?