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Surgem as primeiras pistas que ligariam o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, a empresas de Marcos Valério, apontado como um dos operadores do mensalão. Levantamentos preliminares da CPI indicam que as empresas de telefonia de Dantas teriam depositado mais de R$ 64,5 milhões nas contas da SMPB, da Multiaction e da DNA Propaganda, de Marcos Valério, principalmente entre 2003 e 2004. Do total dos depósitos, R$ 40 milhões foram para as empresas SMPB e Multiaction, e R$ 24,5 milhões para a DNA. As três empresas têm o grupo Opportunity como cliente. Neste ano, as transferências das empresas de Dantas para as duas primeiras citadas ultrapassariam R$ 13 milhões. As empresas que teriam depositado o dinheiro seriam a Telemig Celular, a Amazônia Celular e a Brasil Telecom. O Opportunity, o Citigroup e os fundos de pensão compõem um pool que controlam estas empresas. A Telemig Celular e a Amazônia Celular negaram ter feito doações a campanhas eleitorais por meio das agências de Marcos Valério. O deputado Eduardo Paes (PSDB–RJ), no entanto, lembrou que as notas fiscais da Telemig Celular e da Amazônia Celular eram justamente as que mais apareciam entre documentos apreendidos pela Polícia Federal, em Belo Horizonte, na casa do policial Marco Túlio Prata. O policial é irmão do contador Marco Aurélio Prata, suspeito de fraudar declarações da SMPB e da DNA. Leia também Publicidade
Na manhã de quarta-feira, a Brasil Telecom Participações realizou assembléia geral extraordinária para decidir pelo afastamento do Opportunity da gestão da companhia. Uma liminar concedida na terça-feira pela Justiça Federal de Santa Catarina cancelou a assembléia. A liminar foi ignorada e a assembléia foi realizada, mas o grupo optou por suspender também os efeitos da assembléia. Publicidade
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