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“Fiscalização é feita para não funcionar”, diz autora de livro sobre Mariana

26.01.2019 09:58 2

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2 respostas para ““Fiscalização é feita para não funcionar”, diz autora de livro sobre Mariana”

  1. Carlos Fernando Piske disse:

    Trabalhei como fiscal municipal por 19 anos nas áreas de obras, posturas, terraplenagem, depósitos de entulho, parcelamentos irregulares do solo. A grande verdade é que em todas as administrações pelas quais passei, sempre e isto é prática pétrea, privilegiaram os fiscais subservientes, em detrimento dos fiscais eficientes. É muito mais fácil os fiscais que se prestam a fazer o serviço “sujo” serem bem vistos internamente como também pelo público externo do que o fiscal rigoroso no cumprimento das leis. Este não tem a menor chance de ascensão à cargos comissionados ou ao simples reconhecimento. A fiscalização passa a ser apenas um desencargo de consciência além de serem usados como massa de manobras dos interesses políticos do executivo e, inclusive, de alguns vereadores garimpando votos. Sem contar também a infra estrutura precária disponibilizada para um serviço de fiscalização padrão. Acredito que seja assim , com raras exceções, no resto do país.

    • Edison Sampaio disse:

      É triste constatar uma coisa dessas, mas somos assim mesmo: descompromissados, inconseqüentes, desonestos. É claro que há exceções, mas em geral somos desse jeito mesmo. Qual a razão para sermos assim? Não sei dizer. Talvez nossa natureza “boazinha” demais da conta faça com que deixemos de lado os procedimentos convencionados, em troca de uma vantagenzinha qualquer, ou até de um simples sorriso de simpatia. Se recebermos “algum por fora”, então, podemos fazer vistas grossas a regras de segurança fundamentais.
      Não sei dizer ao certo porque isso acontece mas suspeito fortemente que duas coisas contribuem para isso: a educação inadequada, que anestesia nosso espírito público, e a impunidade. A impunidade, então, é um enorme incentivo às práticas delituosas.
      É por causa disso que sou radical, inclusive comigo mesmo. Deteeesto o “jeitinho brasileiro”. Para mim, é “dura lex sed lex” e acabou-se. Por fim, para finalizar, acho que, desde o final de 2014, entramos num círculo virtuoso. Estou botando uma fé danada.

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