O ex-presidente Lula volta ao altar nesta quarta (18) para se casar com a socióloga Rosângela Silva, conhecida como Janja. O evento tem sido visto como uma pausa na agenda política, mas se tornou um dos assuntos mais comentados, tanto nos círculos políticos, quanto nas redes sociais. Os detalhes chamam atenção, especialmente pelas referências ao nordeste e ao PT.

Lula e Janja combinaram de passar o dia separados e se virem novamente apenas no altar. Todo o roteiro foi organizado pessoalmente por Janja. Ele passará o dia hospedado em um hotel em São Paulo, onde os demais convidados também foram orientados a se hospedarem.

A noiva usará um vestido assinado pela estilista Helô Rocha. O longo traz bordados de rendeiras de Timbaúba do Batista, no Rio Grande do Norte, e cor off-white. A dica para o nome de Helô teria partido de Bela Gil.

Foto: reprodução redes sociais Helô Rocha

A estilista produz desde 2005 e é badalada entre celebridades mais praieiras como Mariana Goldfarb e Isis Valverde. As coleções costumam ter destaque nas passarelas da São Paulo Fashion Week.

Já no convite chama atenção as ilustrações que trazem o mandacaru, símbolo do nordeste. Há também uma estrela, símbolo do PT e outro detalhe: os nomes dos noivos foram impressos em vermelho, a cor do partido.

A festa tem previsão para durar nove horas, mas aos convidados foi pedido que mantenham distância dos celulares. “Nosso momento será único, por isso recomendamos estar presente nele e longe dos celulares”, dizia um recado impresso no convite obtido pela Folha de S. Paulo. Haverá um espaço na entrada para que as pessoas guardem seus aparelhos.

Assim, a ideia é que se preze pela privacidade do momento. Inclusive, para evitar maior exposição o convite não trazia o endereço do espaço onde ocorrerá a cerimônia. A informação é de que o nome da casa de eventos – em São Paulo – será remetida aos convidados via QRCode horas antes da festa. A única notícia prévia é de que seria no bairro da Vila Olimpia, por isso passou-se a especular a Casa Bisutti, espaço de eventos que devido ao jardim vertical e decoração reproduz um cenário típico da romântica região da Toscana, no centro da Itália.

Para beber, pouca ostentação. A escolha foi pelo espumante brasileiro Cave Geisse Brut, cuja garrava está na média dos R$ 130, e conhecido por ser uma espécie de coringa para harmonização. Também haverá vinho branco Freixenet Sauvignon (média de R$ 70 a garrafa) e tinto Perro Callejero Blend Malbec (R$ 80 aproximadamente a garrafa). A cerveja escolhida foi da marca Heineken, conhecida por também trazer uma estrela vermelha no vidro.

Em 2021, inclusive, a marca foi motivo de uma gafe cometida pelo presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Ele disse que o símbolo da cervejaria era uma alusão ao Partido dos trabalhadores. Acontece, no entanto, que a Heineken, holandesa, existe desde 1864, enquanto o PT foi fundado apenas em 1980, por sindicalistas paulistas.

Convidados

A lista de convidados tem cerca de 200 pessoas, um pouco mais do que a inicial dos noivos que era de fechar em 150 nomes. Nela estão políticos, familiares e artistas como Chico Buarque – que informou que não poderia ir por estar em viagem a Paris -, Gilberto Gil e Flora Gil; Daniela Mercury e Martinho da Vila.

Dentre os políticos, são esperados o candidato a vice, Geraldo Alckmin, e a esposa dele, Lu Alckmin, Benedita da Silva, Jaques Wagner, Rui Falcão, Alexandre Padilha e Fernando Haddad. A ex-presidente Dilma Rousseff também estaria entre os convidados.

Por outro lado, petistas históricos como José Dirceu e José Guimarães ficaram de fora. Nomes do Psol como Guilherme Boulos também ficaram de fora.

A festa tem previsão para durar nove horas, mas aos convidados foi pedido que mantenham distancia dos celulares. “Nosso momento será único, por isso recomendamos estar presente nele e longe dos celulares”, dizia um recado impresso no convite obtido pela Folha de S. Paulo. Haverá um espaço na entrada para que as pessoas guardem seus aparelhos.

Esta é a terceira vez que Lula se casa e a cerimônia será tanto no religioso, quanto no civil. Para evitar desprestígios, a opção seria por ter como padrinhos apenas os filhos do ex-presidente. Outro detalhe é que os noivos abriram mão da lista de presentes.