O PT, partido da presidente Dilma Rousseff, é a legenda que mais perde deputados e senadores com a aprovação da emenda constitucional que cria a janela partidária e permite o troca-troca de siglas sem a perda de mandato.
Quatro deputados descontentes já deixaram a agremiação. No final de setembro, Alessandro Molon (RJ) se filiou à Rede Sustentabilidade. Nas últimas semanas, Assis do Couto (PR), Toninho Wandscheer (PR) e Weliton Prado (MG) foram para o Partido da Mulher Brasileira (PMB). E pelo menos dois senadores – Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA) – preparam a saída.
A emenda ainda precisa ser promulgada pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), para começar a contar o prazo de 30 dias que permitirá a troca de filiação. O PT elegeu 69, era a maior bancada na Câmara, mas o número oficial de hoje é 65. O PMDB tem 67 deputados, mas também deve perder parlamentares para legendas menores.
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Há partidos como o PTN, por exemplo, que deve passar de quatro para 10 deputados, segundo previsão da deputada Renata Abreu (SP), vice-presidente da legenda. Outra sigla que deve inchar é o Partido Social Liberal. Com apenas um deputado, a previsão é formar uma bancada com dez.
O PTdoB acolheu o deputado Silvio Costa (PE), que deixou o PSC descontente com o apoio da legenda ao impeachment da presidente Dilma. As bancadas desses pequenos partidos terão direito à liderança, o que implica indicação de presidentes de comissões permanentes e participação em CPIs (comissões parlamentares de inquérito), além de infraestrutura com salas e funcionários. As bancadas dos partidos nas assembleias legislativas também vão ser atingidas pelo troca-troca de legenda.
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