Sobre a Copa, muitos escreveram e estão escrevendo. É uma disputa grande para ver quem sai na frente, quem escreve mais e quem dá furos de reportagens. Nessa competição, entrou também o jornalista, que não cobre esportes, Mário Sergio Conti, que conseguiu uma entrevista exclusiva com o Felipão.
Na afoiteza de um furo de reportagem, inclusive passando à frente de todos os jornalistas esportivos, Conti também quis falar de futebol e da Copa. Se é que já não falou, pois desde 2007, quando se definiu que a Copa do Mundo seria no Brasil, todos arriscaram a falar e a escrever. Primeiro, elogiar e falar bem, depois que o povo foi às ruas (em 2013) protestar por mais saúde, educação e mobilidade, a maioria, se não todos, os jornalistas de direita começaram a falar mal do Brasil, da Copa e da Dilma.
A barriga do Conti foi ótima para os que leem os jornais e acreditam em tudo. Faz anos que escrevo e falo: nunca leia só uma fonte e se a notícia for “espetacular”, desconfie, pois espetáculo é no teatro, no circo, às vezes na TV e nas ruas. Jornal é para ler e refletir sobre o que se leu, porém há jornais como a Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e Globo que não dá nem para ler e refletir. É muita mentira e manipulação. A revista Veja então, pelo amor de Deus!
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O jornalista Mário Sergio Conti não só deu a barriga, mas pelo que li depois tive a impressão de que ele entrevistou o “Felipão” sem avisar que era uma entrevista, ou seja, gravou a conversa e a publicou sem que o entrevistado soubesse. Se isso for verdade, o que ocorreu é mais grave: gravar conversa sem o consentimento pode ser crime.
Esta Copa está servindo para que muitos revelem o caráter que tem. Um deles é o Ronaldo, que muitos gostam de chamar de Fenômeno. Ronaldo o Fenômeno foi um bom jogador e conseguiu superar vários obstáculos físicos e psicológicos em sua carreira, mas como homem sempre o achei limitado. Limitado intelectualmente. Lembro-me do depoimento que deu para a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o contrato da CBF com a Nike. Lendo o depoimento é de dar dó.
Da vida privada do Fenômeno, não vou comentar, só vou reforçar: ele fez coisas de dar dó.
O “Fenômeno”, como membro do Comitê Organizador Local, responsável pela organização da Copa, lá pelas tantas, acreditando que tudo que jornalistas de oposição à Dilma, ao PT e à Copa escreviam era verdade, ele declarou: “Eu me sinto envergonhado, porque é o meu país, o país que eu amo, e a gente não podia estar passando essa imagem para fora”. Como é limitado, não via que a imagem era e é construída, não era real. Quem construiu e continua a alimentar essa imagem são jornalistas da oposição que aproveitaram o evento Copa, quando todos os holofotes do mundo estão sobre nosso país, para construir o ódio e uma falsa imagem do Brasil, do governo e do povo brasileiro.
Na mesma entrevista, ele afirma que os “estádios, de uma maneira ou outra, vão estar prontos. Agora, o legado que fica para a população mesmo – as obras de infraestrutura, de mobilidade urbana, aeroportos – é uma pena que tenham atrasado tanto”.
A maioria dos aeroportos completaram a ampliação e muitos munícipios concluíram as obras de mobilidade urbana, mas ele tinha que repetir o que os inimigos políticos de Dilma cantavam. Que dó.
Ora, isto foi mais uma demonstração da fragilidade (de dar dó) intelectual do Ronaldo. Desculpem-me as Marias, mas o Fenômeno tornou-se “uma Maria vai com as outras”. Bem claro, com as outras da direita. Não é machismo. É só o uso do jargão popular.
O Ronaldo é um verdadeiro “fenômeno”. Terça-feira passada, dia 17, segundo o site UOL, ele declarou: “Eu não tenho ouvido muitas reclamações, nem muitas queixas. Percebo que as pessoas têm se divertido muito. O clima é de alegria”. Que dó. É a mesma posição revisionista daquela imprensa e daqueles jornalistas que estava na oposição à Copa. Como até agora tudo está indo bem, há que se rever a posição anterior, e ele, como vai com os outros, também foi.
Ronaldo, que era o único e maior artilheiro das Copas, agora divide o título com o alemão Klose. Que dó.
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