O deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), a exemplo do deputado e ex-ministro José Dirceu (PT-SP), ganhou uns dias a mais para brigar por seu mandato. Novamente por falta de quorum, não houve sessão no plenário da Câmara hoje, o que atrasou os trabalhos no Conselho de Ética por pelo menos dois dias. Nesta sexta-feira, somente 20 deputados apareceram na sessão ordinária. São necessários, pelo menos, 50 parlamentares para começar os trabalhos.
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), chegou a sentar-se à Mesa, mas não conseguiu reunir deputados em número suficiente para dar início à sessão. Ao verificar a falta de quorum, declarou-se indignado com a postura dos parlamentares.
Na última quarta-feira, o deputado Josias Quintal (PSB-RJ) apresentou seu parecer, sugerindo a cassação de Queiroz. Na hora da votação, o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) encaminhou pedido de vistas, recurso que lhe garante duas sessões plenárias de prazo para analisar o parecer.
A votação estava marcada para a próxima segunda-feira (31). Porém, como também não houve quorum suficiente para abrir a sessão ordinária de ontem, o prazo de duas sessões só passaria a ser contado a partir de hoje, o que adiaria a votação do parecer no Conselho para a próxima terça-feira (1).
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Com a anulação da reunião de hoje, o tempo para o pedido de vistas só começa a valer a partir de segunda-feira. Mas, para abrir a sessão, o presidente da Casa precisa reunir pelo menos 50 deputados dentro do plenário, o que é pouco provável por conta do feriado de Finados, na quarta-feira. Caso a sessão de segunda-feira não ocorra, o parecer só será votado na outra semana.
No plenário, o parecer de Quintal contra o petebista só de chegar daqui a duas semanas. Aldo já avisou que não vai colocar a matéria em votação às vésperas do feriado, já que o quorum em Brasília promete ser baixo.
PublicidadeTambém foi adiada para a próxima semana a leitura do relatório do deputado Benedito de Lira (PP-AL), que defende a absolvição do deputado Sandro Mabel (PL-GO), também acusado de participação no esquema do “mensalão”.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), informou que o novo atraso não vai interferir no caso do deputado José Dirceu (PT-SP). Ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o relatório do processo contra o petista, de autoria do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), seja lido e votado novamente. Segundo o ministro do STF Eros Graus, o relator utilizou provas obtidas irregularmente com as CPIs para argumentar seu parecer, que pede a cassação de Dirceu.
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