Depois de brigar para manter ao menos alguns cargos de natureza especial (CNEs) em sua liderança, o Psol da Câmara jogou a toalha. O partido não vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e resolveu se adaptar à nova resolução da Casa que redividiu os cargos entre os partidos. “A resolução foi aprovada e será cumprida. O partido se adequará aos cargos que estão disponíveis, aos oito CNEs”, informou a assessoria da liderança.
Como revelou o Congresso em Foco, uma proposta feita para cumprir promessas da campanha de Marco Maia (PT-RS) à presidência da Câmara redividiu os cargos dos partidos na instituição. Os grandes partidos ganhariam cargos e manteriam os que já tinham, mesmo que tivessem reduzido suas bancadas, casos do DEM e do PMDB. Para compensar, as pequenas legendas, como o PSOL, sairiam prejudicadas.
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A proposta foi aprovada pelo plenário em 5 de julho. O Psol e o PR, interessado em ganhar mais dez cargos, protestaram em plenário chamando o projeto de “golpe”. O Psol deixou de ter direito a 17 CNEs e ficará com apenas oito, embora lutasse para manter ao menos 12.
Mesmo com a ajuda do líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), os ex-petistas não tiveram sucesso. Entretanto, ele prometeu fazer algum acordo “bilateral” com o Psol, reduzindo alguns cargos dos democratas em prol do partido de Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Jean Wilis (RJ).
A reportagem não localizou ACM Neto para saber se a ajuda se concretizou. Segundo a assessoria do PSOL, não houve esse apoio, que não seria admitido pelo partido. “Antes do recesso o líder Chico Alencar afirmou que não aceitaria porque este tipo de cedência, ou favores, não faz parte da conduta do PSOL.”
Câmara aprova redivisão de cargos entre partidos
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