Guillermo Rivera
Os resultados da pesquisa do Ibope não foram nada favoráveis à categoria política, que ficou com os piores índices de confiança do eleitorado em todas as instâncias possíveis: 90% dos entrevistados disseram não confiar em políticos. Apenas 8% admitiram ter confiança na categoria. Se esses números nunca foram positivos, a diferença entre os que confiam e aqueles que não acreditam nos políticos também nunca foi tão grande. Em 1989, por exemplo, 81% dos entrevistados declararam não acreditar nos políticos, contra 14% que disseram confiar.
A confiança nos partidos políticos assinalou variação pequena nos últimos dois anos, mas sofreu um duro golpe se comparada com o índice registrado em 1989, quando o Brasil ainda vivia a euforia da primeira eleição da redemocratização. Naquele ano, 70% dos entrevistados afirmaram que não confiavam nos partidos. O percentual passou por pequenas oscilações até 1999, quando disparou para números mais próximos dos atuais. De acordo com Ibope, 88% dos brasileiros não confiam nas legendas políticas. Só 10% dos brasileiros acreditam.
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Os campeões da confiança, entre as categorias citadas na pesquisa, são os médicos, com 81% de aprovação (e 16% de reprovação) dos entrevistados, a Igreja Católica, cuja confiança atinge 71%, contra 26% dos entrevistados que disseram desconfiar da instituição, e as Forças Armadas, com 69% de confiança e 27% de desconfiança. Foram ouvidos 2.002 eleitores em 143 municípios do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.
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