Diego Moraes
A gestão de Severino Cavalcanti (PP-PE) na presidência da Câmara não chega a deixar saudades. Porém, o noticiário fica menos divertido sem as famosas frases de efeito do ex-parlamentar. Para não ficar na saudade e esquecer um pouco a crise política, confira as principais falas do pernambucano, nesta reunião exclusiva feita pelo Congresso em Foco.
“A Câmara dos Deputados não vai ser apenas o supositório do Poder Executivo.” A frase, proferida em 13 de março, era um protesto contra o excesso de medidas provisórias enviadas pelo governo ao Congresso.
“É preciso que a sociedade acredite nos deputados. Só meter o cacete em deputado, é muito ruim.”
Dita em 14 de março, salientando que a sociedade deveria acreditar mais nos parlamentares.
“Eu daria zero para aqueles programas onde aparece mulher beijando mulher e homem beijando um homem. Não só novelas, mas programas de um modo geral. Mas aproveitam as novelas para apresentar esses temas que só fazem ferir a família brasileira.” Em 4 de abril, quando discursava em um evento na cidade de Pindamonhangaba.
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“Se tivesse mais filhos, mais filhos colocaria (na Câmara).” Em 27 de março, quando defendia o emprego de parentes nos gabinetes da Câmara.
“(Quero) aquela diretoria que fura poço e acha petróleo.” Em 22 de maio, quando tentou conseguir um cargo para o PP de diretor de Exploração e Produção da Petrobras.
Publicidade“Prefiro a da Fazenda, que é para gente tomar logo conta de tudo.” Sobre qual ministério queria para o PP.
“Todos têm título universitário, todos têm bom desempenho. Todos têm aquilo que não pude conseguir devido às dificuldades da minha época.” Quando defendia a admissão dos filhos em seu gabinete na Câmara.
“Não irei procrastinar. Essa MP é uma excrescência. A MP 232 é dose para leão.” Dita em 14 de março, quando dizia se contra a medida provisória que aumentava impostos.
“Eu já prometi. Quem promete tem que pagar.” Quanto ao aumento de salários que prometeu aos deputados da Câmara, caso fosse eleito para ocupar a presidência.
“Ana, não me catuque (sic) tanto quando estou falando. Dei R$ 400 para ajudar um cachaceiro. O dono do bar me perguntou se eu não via problema em ajudar um bêbado e eu disse: ‘Mas era um cachaceiro de João Alfredo’.” Em 7 de março, na cidade de João Alfredo (PE), quando pedia para sua filha, Ana, não atrapalhar o discurso em que afirmou ter usado sua influência de deputado para ajudar conterrâneos envolvidos com a polícia local.
“É evidente. Eu era um homem puro. Casei com uma mulher que me serviu.” Em 2 de maio, quando perguntado se era a favor da virgindade até o casamento.
“Mais ou menos isso. A mulher tem de ser virgem, pura. O homem, às vezes, quer aprender a como fazer o serviço. (Aprende) com quem se dispuser a ser a professora.” Em 2 de maio, quando indagado se o homem precisa casar virgem.
“Não defendo mais do que cumprir a Constituição do país.” Em relação ao aumento de salários dos deputados.
“Foi uma maravilha. Aquele povo todo gritando. Entendi como aplauso.” Em 1º de maio, quando foi vaiado em um evento com cerca de 1 milhão de pessoas promovido pela Força Sindical.
“Fui vaiado, realmente? Eu pensava que era aplauso.” Em 1º de maio, no mesmo evento.
“Sei o que o povo passa, e não é porque estou por cima agora que vou esquecer. É por isso que esse povo acredita em mim.” Em 7 de março, no discurso em João Alfredo (PE).
“Eu irei trabalhar, eu irei votar contra vocês, pode ficar certo disso. Eu descerei da tribuna, como presidente, e vou para a tribuna para dizer que lutarei contra aqueles que querem fazer o que Gabeira faz, o que eu não faço. Esse negócio de tóxico, eu não faço, portanto, eu tenho eleitorado, tranqüilo. Eu sei que vocês não estão gostando que eu estou falando isso, mas eu tenho que desabafar. Eu não ando com maconha nem com tóxico nem defendo que a juventude freqüente bares para fumar maconha.” Em 11 de setembro, quando refutava as afirmações do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
“Está na mesa o deputado Ciro Nogueira, que hoje será sacramentado pelo presidente da República, porque, se o presidente não assinar a indicação do Ciro, amanhã o PP vai apoiar o PFL. Ou teremos um ministro, ou tomaremos uma posição diferente.” Ultimato de Severino ao presidente Lula, que resultou no fim da reforma ministerial, a qual o PP também brigava por espaço.
“Se o presidente Lula não nomear alguém do PP, o problema será dele, que continuará tendo um vácuo na sua administração por não contar com nomes do PP.” Em 18 de março, quando buscava um espaço para o partido na Esplanada.
“Vou para o plenário para defender os 90 dias de recesso, porque é por necessidade.” Quando defendia o recesso parlamentar de três meses.
“Com relação a minha posição contra aborto e casamento de homem com homem e mulher com mulher, no momento que for votar, deixarei a presidência e vou para o plenário combater aquilo que não posso acreditar. Não posso acreditar em relações de homem com homem e mulher com mulher.” Em 16 de fevereiro, quando perguntado a respeito dos projetos sobre os homossexuais que tramitam na Câmara.
“A partir de agora não há mais diferença entre os parlamentares na Câmara. Não vai ter mais alto clero, baixo clero nem clero novo. Deputado tem que ser tratado com igualdade. Não aceitarei esses preconceitos que podem ter ocorrido até agora ou que grupinhos fiquem comandando a Câmara. A ‘igrejinha’ vai acabar”, afirmou. Em 16 de fevereiro, durante a primeira entrevista após as eleições da Câmara.
"Banco Central precisa de um cabresto.” Em 17 de fevereiro, quando comentava a proposta que assegurava autonomia ao órgão.
“Vou fazer uma Mesa moralizadora. Aqui, nunca devolveram dinheiro. Eu devolvi mais de R$ 90 milhões em dois mandatos na 2ª Secretaria.” Em 16 de fevereiro, sete meses de o empresário Sebastião Buani denunciar o pagamento de mensalinho quando Severino era secretário da Mesa Diretora.
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