Bombardeado por críticas de petistas à sua condução da economia e por denúncias de corrupção durante sua gestão à frente da prefeitura de Ribeirão Preto (SP), o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pode ter que antecipar para amanhã a sua ida ao Congresso para se explicar. Isso porque na quinta-feira passada Palocci foi convocado para estar na Comissão Especial da Câmara que analisa a emenda constitucional que institui o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). O governo articula para adiar a ida do seu ministro.
O governo quer que Palocci vá apenas falar no Congresso no dia 22, quando está previsto o depoimento dele na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se a estratégia fracassar, a alternativa é enviar como substituto o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também convocado pela mesma comissão da Câmara.
Para o presidente da comissão do Fundeb, deputado Severiano Alves (PDT-BA), “não é possível” adiar a ida de Palocci. “Não entendo a relutância dele em dar explicações sobre um projeto que é do governo”, disse Severiano à Folha de S.Paulo. A convocação de Palocci ocorreu, segundo o presidente da comissão, porque vários convites foram ignorados pelo ministro. Teoricamente, Palocci está sendo convocado para falar só sobre educação. Mas acaba se perguntando sobre outros assuntos.
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A assessoria do ministro não confirmava sua presença. Palocci é obrigado a atender à convocação, caso contrário pode ser processado por crime de responsabilidade. SE Palocci não for, Severiano disse que vai acionar o Ministério Público para processar o ministro da Fazenda.
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