O Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai analisar a atuação de advogados suspeitos de atuar como pombos-correio para a organização criminosa Primeiro Comando da Capita (PCC). A lista com o nome de 34 advogados foi entregue pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE) à OAB no último dia 6.
A lista foi elaborada pela Polícia Civil a pedido do deputado, para investigar a movimentação da advogada Maria Cristina de Souza Rachado, que defende o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Além da inscrição dos advogados na OAB, a investigação levantou a data, o horário, os nomes dos presos do PCC que receberam os profissionais e as prisões em que eles estão.
A líder em visitas é Maria Odette de Moraes Haddad, inscrita na subsecção Jabaquara da OAP-SP. Do início do ano até hoje, ela esteve com presos ligados ao PCC 110 vezes.
A advogada nega que atue pela facção. ‘Não sou criminosa, não tenho nenhuma ligação com o crime. Não sou milionária, eu trabalho para sobreviver. Estou indignada com essa denúncia. Todos os clientes para quem eu trabalho, eu provo que trabalho.’
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Entre os presos que receberam visita de advogados estão o próprio Marcola; Robson Lima Ferreira, o Marcolinha; Julio Cesar Guedes Morais, o Julinho Carambola; Alexandre Pires Ferreira, o ET; Orlando Motta Júnior, o Macarrão; e Rogério Geremias de Simone, o Gegê do Mangue.
PublicidadeOs nomes foram repassados por Roberto Busato, presidente nacional da ordem, à seccional da OAB em São Paulo. Busato solicitou a abertura de uma representação para investigar a ação dos advogados.
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