Surpreendidos com o surto de febre aftosa no gado no Mato Grosso do Sul, parlamentares querem que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, vá ao Congresso explicar as medidas adotadas pelo governo no combate à doença. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou hoje pela manhã que, junto com outros parlamentares, deve apresentar requerimento para ida de Rodrigues à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado.
Simon estuda com seus advogados uma forma de responsabilizar judicialmente o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pelo surto da doença. Rodrigues chegou a dizer que o combate da febre aftosa foi prejudicado em razão do contingenciamento de verbas feito pela equipe econômica do governo.
De acordo com o sistema de repasse de recursos do governo federal, a verba deste ano para defesa sanitária – e a prevenção de doenças, como a aftosa – tinha R$ 137 milhões. Contudo, apenas R$ 30 milhões tinham sido liberados até agora. Mesmo assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, ontem, que não faltou dinheiro para vacinação e prevenção à febre aftosa no gado brasileiro.
Após a divulgação do surto da doença, a União Européia, Rússia, Israel, África do Sul, Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia proibiram a importação de carne brasileira. O Ministério da Agricultura informou na segunda-feira passada (10) o descobrimento de um foco de febre aftosa no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul.
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