O ex-presidente do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) Lídio Duarte disse há pouco, em depoimento à sub-relatoria do IRB da CPI dos Correios, que não tem responsabilidade sobre o prejuízo de US$ 5,4 milhões (cerca de R$ 12,2 milhões) acumulado na estatal. Segundo Duarte, o débito foi motivado por uma mudança na carteira de investimentos da estatal em outubro de 2002, cinco meses antes de ele tomar posse no cargo, em março de 2003.
Duarte explicou ao sub-relator Carlos Willian (PMDB-MG) que, desde que assumiu a presidência do órgão, instalou um comitê com representantes da iniciativa privada para analisar qualquer mudança nos investimentos. Porém, quanto à alteração de 2002, informou que não pôde fazer nada porque havia um período de carência para mexer na carteira de investimentos até outubro de 2004.
O IRB funciona como uma espécie de seguradora para companhias de seguros. Quando uma empresa fecha um contrato de valor alto, o instituto assume parte do risco. A estatal virou alvo de investigações depois que Duarte revelou a existência de um caixa paralelo nos cofres da empresa para financiar campanhas do PTB, partido que o indicou para o cargo.
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Em maio, a revista Veja publicou reportagens nas quais o ex-presidente do IRB afirma ter deixado o posto por não agüentar receber as cobranças de propina do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson.
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