O Globo
Lula diz que PT não pode fazer campanha sem discutir corrupção
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista ao Jornal do SBT que o PT não pode fazer campanha sem discutir o tema corrupção. Lula fez a afirmação quando comentou as vaias e os palavrões que a presidente Dilma Rousseff recebeu na abertura da Copa do Mundo.
— As pessoas mais humildes, as pessoas que trabalham neste país, não têm a cultura de ofender as autoridades. Aqueles palavrões me cheirou a coisa organizada, o preconceito, a raiva demonstrada, possivelmente a gente tenha culpa de não ter cuidado disso com carinho. O PT não pode fazer uma campanha sem discutir o tema da corrupção, não podemos fazer como avestruz e enfiar a cabeça na areia e falar que este tema não podemos debater — disse Lula.
O ex-presidente comentou o julgamento do mensalão, dizendo que o processo sofreu com a pressão da imprensa.
— A minha tese é de que, possivelmente, esse tenha sido o processo que tenha sido julgado com a maior pressão de determinados setores dos meios de comunicação da história da humanidade. Nunca as pessoas envolvidas num processo foram condenadas com tanta antecedência. Não estou julgando os ministros e não vou julgá-los, mesmo que uma decisão ou outra não me agrade. Não é meu papel julgar a Suprema Corte. Agora, o que temos que fazer é recontar essa história. As penas desses companheiros já foram dadas. O que esses companheiros agora precisam conquistar é o direito de andar de cabeça erguida nas ruas desse país.
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Lula defendeu a política econômica do governo de Dilma.
— Tivemos uma crise econômica mundial. Se compararmos o Brasil de 2013, de 2014 com o de 2010, a gente estava crescendo a 7,5% e estamos crescendo a 2%. Não temos que comparar com 2010. Tem que comparar com 2002, como a gente pegou o país porque o processo é o projeto de construção que está em vigor neste país.
Planalto fez ‘caça às bruxas’ a prefeitos que aderiram ao movimento ‘Aezão’
O Palácio do Planalto tentou levantar junto ao diretório do PMDB no Rio o nome dos prefeitos do partido que aderiram ao movimento “Aezão”, lançado este mês, em apoio às candidaturas do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para a Presidência. Às 11h32m do último dia 12, um assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI), Cássio Parrode Pires, enviou uma mensagem à assessoria de imprensa do PMDB no Rio. No e-mail, ele pedia a lista de presença no almoço de lançamento da aliança, na Barra da Tijuca, ocorrido na véspera. Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, afirmou que pretendia saber o nome dos prefeitos presentes ao encontro para convidá-los para almoçar.
— Prefeito negocia com todo mundo. Enviamos o e-mail para saber quem eram (os prefeitos) e chamá-los para almoçar. Prefeito, quando você chama para almoçar, para conversar sobre algum assunto, ele vem. O (Jorge) Picciani pode falar o que quiser, mas isso é do jogo — afirmou Berzoini.
Aécio quer Tasso como candidato ao Senado no Ceará, e Serra em São Paulo
Em nome de um palanque competitivo no Ceará para a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República, o ex-senador Tasso Jereissati, que há algumas semanas estava entre os cotados para ser vice na corrida presidencial, está perto de anunciar postulação ao Senado numa coligação com o PMDB. O Ceará é o último nó que Aécio tem para desatar na montagem dos palanques estaduais.
Nesta quarta-feira, ele e o pré-candidato do PMDB ao governo cearense, senador Eunício Oliveira, se reuniram em Brasília. O PMDB oferece a Tasso a vaga para o Senado. À noite, Tasso faria uma reunião com a direção do PSDB no estado. Na semana passada, ele esteve no Rio para conversar com Aécio sobre o futuro dele nessas eleições.
— Tasso vai apresentar os últimos diálogos feitos em Brasília sobre o cenário no estado — disse o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).
Em pronunciamento, presidente da Câmara pede respeito ao Legislativo
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), cobrou na noite desta quarta-feira, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, respeito ao Legislativo. Depois de fazer um balanço sobre propostas aprovadas neste primeiro semestre de 2014, Henrique afirmou que o Congresso é aberto a pressões, aceita críticas equilibradas, mas repudia julgamentos “generalistas e apressados” que atingem a sua imagem.
– O Parlamento é um poder aberto às pressões legítimas da sociedade. Aceitamos a crítica justa e equilibrada. Mas repudiamos juízos generalistas e apressados, que atingem irresponsavelmente a imagem do Legislativo. Não queremos complacência. Queremos o respeito devido à Casa do povo brasileiro – disse Henrique Alves.
TCU critica ritmo de projetos para os Jogos Olímpicos
O Tribunal de Contas da União (TCU) criticou, ontem, a morosidade nas obras dos Jogos Olímpicos de 2016 e questionou a falta de transparência em portais oficiais sobre os gastos com o evento. A demora na execução dos projetos se refere não apenas à realização das obras de instalações esportivas como também da infraestrutura necessária no entorno.
Em relatório apresentado no plenário, os técnicos do TCU alertaram que a corrida para a conclusão das obras a tempo pode gerar projetos mal executados. E citaram o exemplo do Estádio Olímpico João Havelange, que teve problemas estruturais e precisou passar por reformas poucos anos depois de inaugurado.
Folha de S. Paulo
Dilma troca dois ministros para ter mais tempo na TV
Para não perder mais tempo de TV no horário eleitoral depois da traição do PTB, Dilma Rousseff fez uma das maiores concessões a um aliado desde que assumiu o governo: trocou o comando de duas pastas bem avaliadas por ela para contemplar o PR, sigla habituada a traições à presidente no Congresso.
Os ministérios dos Transportes e de Portos, duas áreas cruciais para tocar os projetos de infraestrutura, entraram na partilha, algo que Dilma, por convicção, se recusava a fazer até dias atrás.
A petista já havia conseguido o apoio oficial das convenções do PMDB, PDT e Pros. Nesta quarta-feira (25), ganhou o do PSD e do PP. E acredita ter amarrado o do PR, que, juntamente com PC do B e PRB, definem a linha de frente da coligação oficial até segunda, data final das convenções partidárias.
Dilma tirou César Borges (PR-BA) dos Transportes depois de passar os últimos meses afirmando que não mexeria no ministro por considerá-lo um excelente auxiliar.
Ala do PP vai à Justiça contra decisão que apoia petista
Em uma decisão relâmpago tomada a portas fechadas, a Executiva Nacional do PP aprovou nesta quarta-feira (25) apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Parte dos integrantes do partido considerou a decisão do presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PI), “um golpe” e recorreu à Justiça.
O PP realizou nesta quarta em Brasília sua convenção nacional. Temendo que o apoio a Dilma não fosse aprovado, Nogueira transferiu a decisão para uma reunião no Senado que durou menos de cinco minutos, com integrantes da Executiva Nacional. Nogueira não informou quantos integrantes da Executiva participaram da decisão.
Lula diz que governo pode ter culpa por vaias a Dilma
Após pregar que as vaias e ofensas à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa foram propagadas pela “elite branca”, o ex-presidente Lula baixou o tom nesta quarta-feira (25) e admitiu que o governo “possivelmente tenha culpa” por não ter “cuidado com carinho” da insatisfação de parte da população.
A fala de Lula representa uma mudança de discurso dois dias após o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmar à Folha que o PT errava no diagnóstico sobre o descontentamento da população e que ataques a Dilma não eram exclusivos da elite.
A presidente foi xingada pela torcida no estádio Itaquerão, em São Paulo.
A declaração do ministro gerou mal-estar no Planalto e provocou críticas internas do PT por ter potencial para gerar desgaste nas eleições.
Gabrielli diz que ex-diretor não era seu ‘homem de confiança’
Em um depoimento à CPI Mista da Petrobras de mais de quatro horas nesta quarta-feira (25), o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli isolou o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa afirmando que ele não era seu “homem de confiança” dentro da empresa.
“As minhas relações com o senhor Paulo Roberto são estritamente profissionais. Não era o meu homem de confiança”, afirmou Gabrielli, explicando ser absolutamente normal a reunião que teve em 2007 com Costa na presença da presidente Dilma Rousseff, à época ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Votação no STF cria impasse sobre bancadas dos Estados na Câmara
Ao tentar encerrar o julgamento sobre o número de deputados que cada Estado terá direito na Câmara, o Supremo Tribunal Federal criou um impasse que só deve ser resolvido na semana que vem.
Na semana passada, a maioria entendeu que a atual divisão seria válida para as próximas eleições. Mas, ao reanalisar o caso nesta quarta (25), o placar virou e os ministros, majoritariamente, passaram a entender que uma resolução editada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que alterou o número de deputados por Estado, deverá ser usada para o pleito.
A definição sobre o tema só deverá acontecer na semana que vem porque Joaquim Barbosa não votou nesta quarta e terá um voto decisivo para resolver o processo na próxima sessão, em 1º de julho.
No Rio, Eduardo Paes cria frente de prefeitos para apoiar Dilma
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), decidiu reunir prefeitos da região metropolitana do Rio para formar uma frente em defesa da reeleição da presidente Dilma.
O movimento é uma reação à ala do PMDB que prega apoio ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e ao presidenciável Aécio Neves (PSDB).
Na terça-feira (24), Paes reuniu os prefeitos de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (sem partido), e de Niterói, Rodrigo Neves (PT), para organizar a frente pró-Dilma. A chapa “Dilmão” defenderá investimentos com verba federal ou com financiamentos autorizados pela União. A intenção é mostrar que nem todos no Estado apoiam Aécio –há um mês, o PMDB do Rio reuniu 60 dos 92 prefeitos no lançamento da chapa “Aezão”.
Lula pede ‘participação popular’ na definição de políticas públicas
Em uma mensagem gravada para a militância petista pedindo apoio a uma reforma política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o país precisa “fortalecer os mecanismos de participação popular na definição de políticas públicas”.
A fala ocorre em meio ao embate do Planalto com a oposição em torno do decreto, publicado há três semanas, que normatiza a participação de conselhos populares nas decisões do Executivo federal.
Alckmin convida Kassab para integrar chapa
Em uma jogada para tentar trazer o apoio do PSD à sua reeleição, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), convidou publicamente, nesta quarta-feira (25), o ex-prefeito Gilberto Kassab para ser o candidato de sua chapa ao Senado. O gesto, entretanto, colocou em xeque acordo costurado horas antes entre seu antecessor, José Serra, e o presidenciável tucano, Aécio Neves.
Na tarde de terça-feira (24), Aécio esteve no apartamento de Serra e defendeu que ele seja candidato ao Senado na chapa de Alckmin. O mineiro argumentou que a candidatura seria importante para fortalecer seu palanque e garantiu que, caso vença, Serra auxiliará o governo.
PSD avalia lançar Meirelles ao governo de SP, diz ex-prefeito
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou na manhã desta quarta-feira (25) que o seu partido está avaliando a possibilidade de lançar o nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ao governo de São Paulo.
De acordo com Kassab, Meirelles, que comandou o Banco Central durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, aceitou submeter seu nome à avaliação do partido.
A interlocutores, o ex-presidente do BC disse que sentiu-se “honrado” com a proposta e que iria analisá-la com Kassab até a próxima segunda-feira, prazo final para as convenções partidárias.
Após ser acusado, Marinho pede nova licença do TCE de São Paulo
O conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) Robson Marinho pediu a terceira licença-prêmio da corte de contas desde que o Ministério Público requisitou o afastamento dele do tribunal sob a acusação de corrupção.
Com o benefício, Marinho não terá de participar das sessões do TCE-SP até o dia 11 de julho. As licenças-prêmio são períodos de folga adquiridos por funcionários públicos a cada cinco anos de trabalho.
De folga, secretário da Bahia vai de carro oficial para jogo
O secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, usou um carro oficial do governo do Estado para ir com a família à Arena Fonte Nova, em Salvador, assistir ao jogo da Copa entre Bósnia e Irã.
A cena foi flagrada pela Folha nesta quarta-feira (25), cerca de uma hora antes do início do jogo, que começou por volta das 13h.
Abordado pela reportagem, o secretário afirmou que estava “de folga” e que foi ao estádio “aproveitar o jogo com a família”. Ele vestia um agasalho e a camisa do Bahia.
Questionado sobre o uso do carro oficial, Correia disse que, mesmo de folga, estava à disposição do governador Jaques Wagner (PT) e poderia voltar ao trabalho caso fosse necessário.
O Estado de S. Paulo
Dilma cede a pressão e muda ministro para manter apoio de aliado à reeleição
Petista cobra lealdade e diz eu ‘esperteza tem vida curta’
‘Suguem mais’, diz Aécio sobre aliados do governo
Candidato tucano pede que Serra dispute o Senado em São Paulo
Gabrielli admite que Abreu e Lima ‘está cara’
Deputado quer encerrar ação sobre propina
Supremo autoriza trabalho para Dirceu
Plenário rejeita recurso que pedia prisão domiciliar para Genoino
Valor Econômico
PP aprova apoio a Dilma e dissidentes vão ao TSE
Com sucessivas manobras para evitar que a decisão passasse por ampla votação dos delegados à convenção, a executiva nacional do PP aprovou ontem a aliança da sigla em nível nacional com o PT, em apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Adesões garantem a Dilma quase metade do tempo de TV
Embora tenha sido levada a ceder em aspectos que antes considerara fora de cogitação, como a troca de comando no Ministério dos Transportes, o saldo do periodo das convenções, que se encerra na segunda-feira, 30, é favorável à candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição.
Picciani foi decisivo na costura de Aécio
A aliança que aproximou o PMDB do Rio de Janeiro da candidatura do PSDB à Presidência da República teve a participação direta de Aécio Neves. Ao longo dos últimos oito meses, Aécio negociou a aproximação em diálogos com políticos locais e encontrou um aliado fundamental, o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani.
Voto de Barbosa decide se mudança em bancadas valerá nesta eleição
Uma semana depois de declarar inconstitucional a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que alterou a quantidade de deputados federais em 13 Estados, o Supremo Tribunal Federal (STF) indicou que pode voltar atrás e determinar a aplicação dessa norma nas eleições de 2014. A decisão está nas mãos do presidente do STF, o ministro Joaquim Barbosa, que estava ausente na sessão de ontem e dará o voto de minerva antes de se aposentar.
Correio Braziliense
Aécio corteja dissidentes do PTB: “Suguem mais um pouco e depois venham”
Enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) criticava a “esperteza” da Executiva Nacional do PTB ao presidenciável Aécio Neves (PSDB), o senador mineiro discutia as articulações eleitorais com o presidente nacional da sigla, Benito Gama. A proposta do partido será apresentada na convenção nacional de amanhã, mas não terá apoio integral da legenda.
O líder da sigla na Câmara, Jovair Arantes (GO), avisou que a bancada de deputados deve permanecer ao lado de Dilma Rousseff. Aécio, porém, espera a adesão de mais aliados. “Eu digo: façam isso mesmo. Suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado”, disse o presidenciável, afirmando “ter novidades no Nordeste nas próximas 48 horas”. O senador mineiro refere-se ao Ceará, onde pode conseguir uma possível aliança com o senador Eunício Oliveira (PMDB).
Na aliança com o PTB, a tendência é o senador Aécio Neves ficar com o tempo de televisão do partido, devido à aliança nacional, e a presidente Dilma Rousseff deve ter o apoio dos deputados nos estados, com alianças estaduais. Jovair adiantou que a posição será discutida nas convenções estaduais da sigla, na segunda-feira. Na quarta, a bancada volta a se reunir para definir o futuro dos deputados. Para o líder, a decisão de Benito Gama , de apoiar Aécio, não será alvo de queda de braço na convenção nacional. “A Executiva desistiu de apoiar Dilma, mas a bancada não”, afirmou Jovair.
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