Manchete de capa do jornal Folha de S.Paulo informa que divergências de alas do PT em relação a propostas do Planalto levaram a presidenta Dilma Rousseff a determinar a suspensão de seu programa de governo. O veículo paulista diz que a versão oficial para a demora na divulgação é que o conjunto de propostas seria levado a público por meio de televisão e internet – em julho foi registrado um esboço do programa no Tribunal Superior Eleitoral, sob argumento de que discussões com o partido levariam à construção paulatina das questões.
“Pílulas” de propostas, continua o jornal, foram aos poucos articulados entre coordenadores de campanha e interlocutores da Presidência, desde o início da corrida eleitoral. Segundo apuração da Folha, sugestões de petistas para os campos de emprego e trabalho levaram Dilma a optar pela suspensão do programa de governo.
Entre os principais pontos de discordância estão o fator previdenciário (setores petistas defendem o fim desse redutor de aposentadorias), a revisão da Lei da Anistia (embora seja também a favor, Dilma quer evitar crise com as Forças Armadas) e a redução das jornadas de trabalho (governo evita a votação da proposta no Congresso). Ainda segundo o jornal, a experiência recente em que a candidata Marina Silva (PSB) teve de desfazer pontos de seu programa, diante da pressão de setores religiosos, fez com que aumentasse a preocupação do comitê petista com a divulgação das propostas.
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Todos os principais jornais do país repercutem, em manchetes e destaques de capa, a ida do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à comissão mista de inquérito (CPI) destinada a investigar desvios de dinheiro público na empresa. Não houve depoimento – Costa se limitou a repetir, o que fez por 18 vezes, que nada declararia. Ele já presta a chamada delação premiada à Polícia Federal e ao Ministério Público em troca de redução de pena, e se calou justamente para não “colocar em risco” os termos do acordo com a Justiça Federal paranaense, responsável pelo processo.
Já em sua manchete de capa o jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, diz que os holofotes da imprensa nacional sobre a CPI nesta quarta-feira (17) serviram para que deputados e senadores a usassem como palanque eleitoral. Com a permanência de Costa por duas horas e 40 minutos na comissão, sobrou tempo para que oposicionistas se revezassem no uso da palavra para atacar o governo e a rede de corrupção montada na estatal.
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