Estudar em casa por conta própria, em bibliotecas ou em cursos preparatórios? A dúvida martiriza os concurseiros que não se sentem seguros o suficiente para optar pelo que consideram ser o “melhor método”. O SOS Concurseiro, parceiro do Congresso em Foco, consultou especialistas para tentar solucionar a questão.
A primeira resposta encontrada pode assustar os aspirantes a servidor público. Não é possível definir um só método eficaz. Atualmente, o mercado de concursos oferece os tradicionais cursos preparatórios presenciais, cursos telepresenciais – que são transmitidos ao vivo –, livros, apostilas, além de opções via internet como videoaulas, aulas em textos.
“A escolha depende muito do perfil do concurseiro”, afirma João Antonio do Eu Vou Passar, site de videoaulas para concursos. Ele argumenta que é necessário identificar como cada um assimila o conteúdo e qual a capacidade de concentração. “Alguns precisam da presença física do professor, outros são mais independentes e autodidatas. É preciso ponderar o próprio perfil para escolher”, diz.
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O professor de informática divide os concurseiros em três tipos, o “aluno de cursinho”, o “aluno eclético” e o “aluno autodidata” (veja com detalhes cada um aqui). “O aluno eclético tem se transformado no perfil mais comum, pois recorre a alguns professores específicos em cursos preparatórios e usa como base os recursos encontrados na internet para estudar”, explica o professor.
O juiz do Trabalho e professor de cursos preparatórios online e presenciais, Rogerio Nevia tem opinião semelhante. “Percebo em sala de aula que muitos candidatos buscam o curso preparatório por não saberem como estudar ou por onde começar. Existem também aqueles que se matriculam apenas em função da publicação do edital do concurso público”, analisa.
Neiva, que também é fundador do sistema de gerenciamento de estudo Tuctor, ressalta a importância de identificar cada alternativa sob três aspectos: forma de transmissão das informações, conteúdo e abordagem do conteúdo. “Diante destas possibilidades, o candidato deve desenvolver um diagnóstico de suas condições e contexto, procurando identificar não apenas a conveniência, como também o modelo mais eficiente, diante da realidade levantada”, pondera o juiz.
PublicidadeJoão Antonio admite que nenhum especialista é capaz de decidir no lugar do candidato. Avaliar custo, tempo, benefícios e capacidade de assimilação das diversas possibilidades são pontos reforçados pelo professor. “O concurseiro que deve escolher, montar a própria estratégia. Eles devem buscar meios que facilitem a aprovação”. E Rogerio Neiva completa. “O fundamental é que o candidato, assumindo o controle e a responsabilidade por seu processo de preparação, tenha uma compreensão estratégica e tome decisões eficientes e racionais.”
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