Cunha lança mão de métodos de corrupção, relata Milton, para patrocinar a ofensiva contra seu conglomerado de empresas. Segundo o empresário, a ação é orquestrada pelo também empresário Lúcio Bolonha Funaro, com apoio de um grupo de parlamentares aliados ao peemedebista. Cunha nega o relato, informa O Globo.
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A reportagem diz que Cunha morou em flat, em Brasília, que pertence a Funaro – que diz falar apenas com o Judiciário ou com a polícia sobre o caso. Ele admitiu, no entanto, ter procurado congressistas para apresentar denúncias contra o grupo Schahin. Segundo Milton, os ataques a seu grupo tiveram início há sete anos, e tem se intensificado com as investigações da Lava Jato. O poder político de Cunha, continua, é que dá esteio para que Funaro se debruce sobre as atividades do conglomerado, com o intuito de sabotá-lo. Não por acaso, Funaro é o principal desafeto de Milton.
O jornal fluminense informa que, na Câmara, uma série de requerimentos foi apresentada na CPI da Petrobras por deputados ligados a Cunha, todos com pedido de providências a respeito das atividades do grupo Schahin. Perguntando sobre a razão de tanto foco nas suas empresas, Milton foi direto ao ponto:
“Vejo como pura sacanagem do Funaro. Agora você me pergunta: como o Funaro pode ter tanta força? Porque o Eduardo Cunha está por trás. Temos uma pendência muito grande com Funaro, e a ligação de Cunha com ele é muito conhecida. O que é estranho é a Câmara se meter na briga entre duas empresas. O que deputados têm a ver com uma disputa judicial entre empresas?”, intrigou-se o empresário.
O jornal informa ainda a briga entre Milton e Funaro teve início em 2008, quando a construtora Schahin foi contratada para construir a PCH (pequena central hidrelétrica) de Apertadinho, em Rondônia. Formou-se um consórcio com a EIT, e entregou-se a obra. Mas a barragem rompeu, provocando danos ambientais e desalojando cerca de 200 famílias, preventivamente orientadas a deixar suas moradias. Uma longa briga judicial seria iniciada a partir do episódio, continua a reportagem.
“O acidente causou uma longa briga judicial. Funaro, que representava a empresa Gallway, contratante do empreendimento, teria, na versão de Milton Schahin, prontificado-se a mudar a seguradora da obra, ainda quando o serviço estava sendo executado. A seguradora foi alterada, mas, segundo Schahin, o seguro não foi pago – informação contestada por Funaro. Com o rompimento da barragem, Funaro foi cobrar a Schahin pelo prejuízo. A empreiteira alega que a causa do acidente foram falhas no projeto, fora da responsabilidade dela. Teve início uma disputa judicial que, segundo cálculos do próprio Funaro, está acima de R$ 1 bilhão”, detalha o texto, assinada pelo repórter Chico de Gois.
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