O deputado Carlos William (PMDB-MG) promete recorrer aos presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para retirar seu nome do requerimento que pediu mais 120 dias para a CPI dos Correios finalizar os trabalhos. Se a tentativa for frustrada, ele já avisou: vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o governo, que tentou de todas as formas derrubar o pedido, William deu o voto decisivo para estender os trabalhos da CPI. O requerimento, apresentado pela oposição, foi validado com 171 assinaturas, o mínimo exigido pelo regimento do Congresso. Com isso, a Mesa aprovou a prorrogação dos trabalhos da comissão até abril de 2006.
Para evitar desgastes com o Planalto, William, que é da base governista, quer que sua assinatura seja excluída do documento. Outro governista, o deputado Wladimir Costa (PA), também quer retirar o nome da lista. Mas, o prazo estabelecido por Renan para modificações no requerimento de prorrogação expirou na semana passada. Os dois pretendem apresentar, na quarta-feira, um recurso para reverter a decisão do presidente do Senado. “O que deve prevalecer é a vontade do parlamentar”, afirmou William.
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A confusão começou na terça-feira, quando o deputado assinou uma lista, a pedido da base oposicionista, para prorrogar as investigações da CPI dos Correios. Willian, que é sub-relator da comissão, assinou o documento. Só que na quinta-feira, o líder do PMDB, deputado Wilson Santiago (PB) convenceu-o a mudar de idéia e retirar o nome da lista. O deputado atendeu ao pedido do líder e apresentou um requerimento à Mesa do Senado pedindo a exclusão do seu nome.
Porém, a Mesa negou a solicitação do parlamentar, já que não havia recebido nenhum documento de prorrogação. Isso porque a oposição, ao prever que alguns deputados da base poderiam tentar excluir seus nomes da lista, somente apresentou o pedido pouco antes da meia noite, prazo final para a retirada de assinaturas. Com isso, o presidente do Senado acabou aceitando a inclusão das duas assinaturas, que estavam no documento apresentado pela oposição.
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