O relator do processo de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), está lendo neste momento o voto de seu parecer. Ele rebate a tese da defesa de Dirceu de que o ex-ministro da Casa Civil não poderia ter quebrado o decoro parlamentar por estar afastado do mandato de deputado quando as irregularidades atribuídas a ele ocorreram. “Mesmo afastado do cargo de deputado, não deixou de ser representante do povo”, afirmou.
Antes da leitura do voto, Dirceu se defendeu, dizendo que não há provas que o incriminem e que sua vida foi devassada nos últimos cinco meses. Afirmou ainda que não é apenas ele que está sendo julgado, mas também o PT e o governo Lula.
“Não temo a investigação do Conselho de Ética, nem da Polícia Federal ou do Ministério Público, ou ainda da Receita Federal, pois não há nada a esconder e nada fiz que possa contrariar a ética e o decoro parlamentar”, afirmou.
O advogado de Dirceu, José Luís Lima, afirmou, ao fazer a defesa no Conselho de Ética, que não há provas contra o deputado: “Desde que assumimos o caso, tenho ouvido que esse é um julgamento político. Não tenho dúvidas de que é. Se não fosse estaríamos num tribunal. Mas um julgamento político sem provas é fuzilamento, é ilegalidade, é arbitrariedade”.
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