Em sua defesa no processo por quebra de decoro parlamentar, o presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), criticou a cobrança da mídia por cassações sem levar em conta a história do parlamentar, o processo e a atuação do deputado nos municípios. “Exigem a decapitação dos acusados, não importam as provas”, declarou Corrêa, da tribuna da Câmara.
Corrêa argumentou que, em nenhum momento, seu nome, de assessor ou parente seus foram citados como beneficiários de recursos do valerioduto. “Fui informado do recebimento dos recursos por ser presidente do partido”, disse, referindo-se aos R$ 700 mil sacados pelo assessor do partido, João Cláudio Genu, e entregues ao advogado do ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC).
O deputado reafirmou que os assuntos financeiros do partido eram gerenciados pelo deputado José Janene (PP-PR), ex-líder do partido, que está desde setembro de licença médica.
Corrêa distribuiu aos 512 deputados um parecer do ex-ministro da Justiça Célio Borja, o qual, após ter lido as mais de mil páginas do processo, declarou que o deputado pernambucano não quebrou o decoro. “A prova produzida no processo não configura conduta constitutiva de quebra de decoro”, disse o presidente do PP, citando o trecho do texto de Célio.
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Ao descer da tribuna, o parlamentar foi aplaudido. No momento, os deputados estão se preparando para iniciar a votação do processo de perda de mandato de Corrêa.