O presidente do Citigroup do Brasil, Gustavo Marin, descolou, em depoimento à CPI do Mensalão, a imagem e os atos do conglomerado financeiro multinacional das ações tomadas pelo banqueiro brasileiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, ex-administrador de investimentos do Citi com fundos de pensão no país.
Marin disse que o fundo de investimentos que reunia Opportunity e as entidades de previdência complementar Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e Petros (da Petrobras) eram submetidas a um departamento da Citi, em Nova Iorque. O departamento, segundo o presidente da instituição no Brasil, teria autonomia operacional em relação à subsidiária brasileira presidida por ele.
A CPI investiga se o dono do Opportunity, recém-destituído pelo Citigroup do controle dos investimentos dos fundos de pensão em empresas de telefonia brasileira, teria se valido delas para fazer tráfico de influência no governo ou abastecido as contas do empresário Marcos Valério.
Marin isentou Dantas de ter cometido qualquer irregularidade investigada pelas CPIs dos Correios e do Mensalão. Mas ressaltou que ele era o único responsável pela gestão dos recursos dos fundos do qual o Citigroup é acionista. “O Citigroup era o investidor passivo, sem autoridade para representar o fundo”, afirmou.
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