Thomaz Pires
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, esteve nesta manhã em Ilha Grande, em Angra dos Reis, para acompanhar as buscas pelos corpos desaparecidos no deslizamento de terra que deixou pelo menos 31 mortos. Após sobrevoar a região, o governador defendeu uma “política séria de solo” em todo o Estado do Rio.
“Solo urbano é um problema de todos. Não se pode brincar com o solo. Os americanos não brincam com o frio”, disse o governador. A declaração foi dada para a Rádio CBN. Durante a entrevista, o governador do Rio também enfatizou a importância de se rever a construção em locais considerados como área de risco.
“Não se pode ter construção perto de montanha e de espelho d’água. Há que se rever a política de ocupação no Brasil e no Rio. Sou favorável a estabelecer limites ecológicos e físicos para impedir o crescimento exagerado”, complementou o governador.
O desastre também mobilizou o presidente Lula, que conversou por telefone com Cabral. O apoio para ajudar nas buscas foi confirmado na conversa. O Ministério da Integração Nacional vai colocar à disposição 15 mil cestas básicas e 20 mil colchões para atender as vítimas.
Segundo cabral, o ministro da pasta, Geddel Vieira Lima, suspendeu as férias em Salvador (BA) e deve retorna ao trabalho para acompanhar a tragédia no estado. Geddel ainda avalia se irá à região de Angra de Reis, a mais atingida pelos temporais, onde pelo menos 31 pessoas morreram. A previsão é que o número de mortos dobre na área, já que ainda há muitos desaparecidos.
O governo do Rio iniciou um levantamento detalhado das famílias instaladas nas áreas de risco. Segundo o próprio governador, as famílias que estão em áreas críticas de Angra dos Reis e resistem à ideia de deixar o local estão sendo orientadas a assinar um documento de responsabilidade.
Confira trecho da entrevista do governador
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