Em 2010, então pelo DEM, Betinho Rosado, o pai, foi reeleito com 109.627 votos. Integrante de um dos principais clãs políticos do Rio Grande do Norte, que se reveza no poder na região de Mossoró há sete décadas, o deputado desistiu da candidatura mesmo tendo direito a recurso, após ser barrado pelo TRE-RN, que o considerou “ficha suja”. Para evitar o risco de não reverter a decisão, Betinho lançou a candidatura do filho, um engenheiro agrônomo que concorreria a deputado estadual.
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O parlamentar foi barrado por uma condenação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por irregularidades atribuídas a ele no período em que comandou a secretaria estadual de Educação, entre 2003 e 2004, no governo Wilma de Faria (PSB). Em nota, Betinho disse que desistia da candidatura para não criar “insegurança” para o eleitor. ”O Partido Progressista oferece ao povo potiguar o nome de Betinho Rosado Segundo como opção para nos substituir. Tenho convicção de que ele está preparado para a missão que agora abraça e que será um grande defensor dos interesses do Rio Grande do Norte”, afirmou.
Eles fracassaram
Outros dois deputados usaram da mesma estratégia de lançar um herdeiro político em seu lugar após serem barrados pela Justiça eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Ambos, porém, sem sucesso. Condenado por improbidade administrativa, João Pizzolatti (PP-SC) desistiu de tentar o sexto mandato consecutivo na Câmara e indicou seu filho, João Pizzolatti Neto (PP), de 28 anos, que ostentaria o mesmo nome e o mesmo número do pai na urna eletrônica. Mas uma nova denúncia fez o parlamentar recuar na decisão. O deputado foi apontado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Rocha como um dos beneficiários do esquema de corrupção na estatal, segundo a revista Veja. Pizzolatti acabou retirando a candidatura às vésperas da votação.
Filho da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), Joaquim Roriz Neto (PMN-DF) foi lançado de última hora na disputa, após da desistência da mãe, barrada por causa de condenação proferida pelo Tribunal de Justiça do DF por envolvimento com o chamado mensalão do DEM. Na urna, o jovem de 22 anos ostentou o mesmo o nome do avô, o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC). Mas não deu resultado. Os 29.481 votos recebidos por ele não foram suficientes para garantir uma vaga na Câmara.
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